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Feliz dia das mães!

Eu e minha mãe, M.Natércia

Eu e minha mãe, M.Natércia

“Com ela aprendi como podemos tornar as coisas mais alegres e bonitas, aprendi que amor envolve doação, dedicação e até mesmo sacrifício.

Aprendi a “dançar” conforme a música, a degustar um prato maravilhoso ou transformar o mais simples em especial.

Aprendi a ter uma força de guerreira, de não ter medo da vida e enfrentar toda e qualquer batalha. Aprendi a nunca dizer “não consigo” sem tentar. Aprendi que as conquistas vêm de grandes esforços e que não há nada a temer em mergulhar de cabeça naquilo que acreditamos.

Aprendi que não seguir nossos valores e princípios é uma enorme traição à nós mesmos.

Aprendi que sou capaz de bancar o que proponho e cumprir com as minhas palavras.

Aprendi a amar e ser amada, cuidar e seu cuidada. Aprendi a ser carinhosa e “molinha” mas ser firme quando necessário.

Aprendi que devemos sempre acreditar nos nossos sonhos e lutar por eles.

Aprendi que, mesmo tendo o mesmo nome, somos diferentes mas ao mesmo tempo somos muito iguais.

Aprendi que estar, prezar e respeitar quem amamos não tem preço e é aí que reside a felicidade de viver.

Obrigada mãe por tudo que me mostrou e me ensinou!

Te amo e te admiro imensamente!

Feliz dia das mães!”

NOSSO FOCO DE ATENÇÃO CONTROLA NOSSA VIDA* – Kare Anderson

Tradução: Ana Paula Doherty

(Obs: Recentemente li este artigo (original) através da indicação de um amigo. Achei muito interessante e importante. Por essa razão, providenciei que fosse traduzido para poder compartilhar com todos que acompanham o blog.)

Alguns anos atrás, executivos da Disneyworld começaram a questionar o que mais chamava a atenção das crianças pequenas e dos bebês nos parques temáticos e nos hotéis em Orlando, na Flórida. Então, contrataram a mim e a um antropologista cultural, para observarmos as crianças enquanto passavam pelo elenco fantasiado, pelos personagens vivos, pelos brinquedos giratórios, pelos petiscos com cheirinho adocicado e pelos brinquedos coloridos. No entanto, depois de observarmos as crianças de perto por algumas horas, percebemos que o que mais chamava a atenção delas não era a mágica evocada pela Disney; em vez disso, eram os telefones celulares dos pais, especialmente quando os pais os usavam.

Aquelas crianças entendiam claramente o que capturava a atenção de seus pais; e queriam aquilo também. Aos olhos delas, os telefones celulares eram sedutores centros de ação do mundo de seus pais. Quando os pais estavam usando os telefones celulares, não estavam dando atenção completa a seus filhos.

Dar atenção total e irrestrita é o ingrediente primordial e mais básico de qualquer relacionamento. É impossível nos comunicarmos, muito menos estabelecermos vínculos, com alguém que não pode ou não quer prestar atenção em nós. Ao mesmo tempo, geralmente não percebemos o quanto aquilo em que focamos controla nossos pensamentos, nossas ações e, de fato, nossa própria vida.

Qualquer que seja nosso foco é ele que ativa nossos neurônios. Por exemplo, de acordo com Marty Seligman, autor de Learned Optimism, pessoas pessimistas vêm os reveses e os acontecimentos tristes da vida como Pessoais (é pior para mim), Obscuros (tudo agora está pior) e Permanentes (será assim para sempre).  Mas, ele descobriu que, através de treinamento, podemos aprender a dar mais atenção aos aspectos positivos das situações de forma a construirmos uma narrativa que possa redimir nossa história de vida. Mudar conscientemente o foco de atenção pode redirecionar o cérebro da orientação negativa para a positiva. “O foco de atenção modela o cérebro.”, diz Rick Hanson no Buddha´s Brain.

Uma vez que a atenção está tão profundamente ligada às conexões básicas do cérebro fica difícil reconhecer nossos próprios padrões de atenção, os padrões que absorvemos desde o nascimento. No entanto, culturas diferentes dão atenção às coisas de forma diferente. Por exemplo, o psicólogo Richard E. Nisbett mostrou uma cena do fundo d´água para alunos nos Estados Unidos e do leste da Ásia. Enquanto os americanos comentaram sobre o peixe grande nadando entre os peixes pequenos, os asiáticos falavam sobre o cenário como um todo, inclusive as plantas e as pedras. Nisbett conclui que os estudantes asiáticos focam nos relacionamentos, ao passo que os ocidentais tendem a ver os objetos isoladamente, em vez da conexão entre eles.

John Higer relatou uma experiência parecida. “Um psicólogo especializado em desenvolvimento mostrou três fotos a algumas crianças – uma vaca, uma galinha e grama. Ele perguntou às crianças americanas quais das duas figuras combinavam. A maioria deles juntou a vaca com a galinha porque ambos eram objetos de um mesmo grupo de animais. As crianças chinesas, por outro lado, juntaram a vaca e a grama, porque “as vacas comem grama”; elas focaram na relação entre os dois objetos, mais do que nos objetos em si.”.

Aqui está a conclusão que cheguei desses dois estudos: primeiro, seja qual for o foco de atenção – ou não – ele tem um enorme efeito na maneira como vemos e como nos sentimos em relação ao mundo. Segundo, é muito mais fácil olharmos nossos próprios padrões de atenção se tivermos tempo para aprender sobre o padrão de outra pessoa.

Como líderes, aquilo em que prestamos atenção não só controla nosso cérebro, mas também dá exemplos às equipes. Mas, como acontece com qualquer recurso limitado, só podemos dar atenção de forma inteligente quando sabemos onde devemos focar. Voltemos ao exemplo da Disney: aqueles pais provavelmente pensavam estar prestando atenção suficiente aos diferentes estímulos da Disneyworld e a seus filhos pequenos. Mas, o comportamento de seus filhos nos revela no que realmente estavam prestando atenção: em seus telefones celulares. A maioria de nós, mesmo sem perceber, provavelmente já se sentiu culpado por dar muita atenção aos nossos celulares, mesmo que isso deixe as pessoas à nossa volta furiosas (como o chefe que nos vê passando e-mails durante uma reunião importante com um cliente ou a esposa ou esposo que nos pega mandando mensagens de texto durante um jantar romântico).

Para aprender sobre seus padrões de atenção, observem o padrão de outra pessoa. A maioria dos palestrantes motivacionais, escritores de autoajuda, terapeutas e farmacologistas incentivam que o foco seja no “eu”. Eles sugerem que olhemos para nosso interior, para nos entendermos e melhorarmos, para termos uma vida melhor e mais feliz. Isso não é errado; é só incompleto. Em vez de apenas perguntar “O que me preocupa mais? Isso faz o mundo parecer mais receptivo ou retroativo?”, peça ajuda a alguém. Seja o melhor ouvinte que a pessoa já teve em meses: esse é o primeiro e mais básico dos ingredientes em qualquer interação. Simplesmente olhar nos olhos com carinho para qualquer pessoa, concordar com a cabeça vez ou outra e reiterar o que acabou de ouvir criará empatia e ativará o sistema de neurônios espelho em ambos.

Dar e receber atenção total e irrestrita, mesmo que por um momento, é o mínimo que uma pessoa pode fazer pela outra, e, às vezes, o máximo. Além disso, dar atenção a alguém não ajuda só o outro; ajuda a nós mesmos, gerando respostas que permitem o ouvinte sentir-se amado, útil e conectado com um mundo mais amplo. Prestar atenção pode ser um esforço individual, mas é também um tipo de argamassa social que mantem os grupos unidos e os ajudam a se sentirem parte de algo maior do que eles próprios. Nem sempre é fácil, mas, com treino, podemos melhorar – até chegarmos ao ponto de nos percebermos mais flexíveis, mais abertos às ideias e mais capazes de ressoar com os outros. Isso, inevitavelmente, nos levará a uma vida mais rica e mais significativa.

Kare Anderson é a cofundadora do Say it Better Center e autora do Getting What you Want e Resolving Conflict Sooner. Antes disso, foi jornalista vencedora do Emmy da NBC e trabalhou para o Wall Street Journal. Siga Kare no Twitter @ kareanderson.

* Tradução do original “What Captures Your Attention Controls Your Life”  – Harvard Business Review, 05 de junho de 2012 – http://blogs.hbr.org/cs/2012/06/what_captures_your_attention_c.html