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“Mulher sem Script” como dica de leitura do Blog Feminices

Fico feliz e gratificada quando vejo um(a) leitor(a) que gostou, se emocionou com o livro. 

Adorei essa matéria carinhosa e gentil da Mi no blog Feminices.

Espero que gostem!

Abs

Entrevista no Programa Vida Melhor, na Rede Vida de Televisão em Fevereiro de 2012.

Espero que gostem!

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O Brasil vive um momento ímpar! Muito triste chegar a esse ponto mas ao mesmo tempo é lindo ver a reação do povo brasileiro, um povo sofrido e explorado que decidiu não se calar mais.

Como psicóloga, vejo aqui uma oportunidade incrível para a educação da nova geração.

Hoje em dia as crianças são mais antenadas e conectadas. Todas estão envolvidas nesse movimento, algumas questionam, outras não, de qualquer maneira, não tem como passar batido e nem deve.

Essa é uma grande oportunidade de mostras às crianças que somos parte de algo maior, que podemos nos unir e devemos lutar pelos nossos direitos.

Não podemos esquecer que as crianças não tem um conhecimento histórico e social para compreender o que está acontecendo. Se pensarmos nas manifestações como atos isolados, corremos o risco de interpretações erradas e de que nada disso seja bem compreendido.

Torço para que as manifestações tragam mudanças sociais, políticas e econômicas positivas, mas torço também que as famílias aproveitem esse momento para preparar as gerações futuras, afinal delas virão políticos futuramente.

Vamos esclarecer para as crianças que essa não é uma luta por apenas 20 centavos, que os vândalos não representam o povo e que podemos nos unir como iguais (não importa partido, credo, cor ou raça).

Vamos explicar para as crianças como e porque chegamos aqui e vamos usar esses políticos como anti-modelos, como o tipo de seres humanos que eles não deverão ser jamais! Vamos mostrar para eles que a corrupção e desonestidade não são uma possibilidade.

Este é um momento de protesto e também de cultivo e resgate de valores. Um momento de alimentar a esperança de um Brasil melhor e que temos que fazer a nossa parte sempre.

Votar consciente é fundamental mas para que se chegue a isso, precisamos EDUCAR.

Precisamos educar a nova geração para que tenha valores, desenvolva crítica, bom-senso, compaixão e solidariedade.

Não podemos deixar passar esse momento histórico para ensinar valores e torná-los mais críticos, fortes e ativos.

EDUCAR BEM OS FILHOS TAMBÉM É CONSTRUIR UM BRASIL MELHOR!!!

Eu e minha mãe, M.Natércia

Eu e minha mãe, M.Natércia

“Com ela aprendi como podemos tornar as coisas mais alegres e bonitas, aprendi que amor envolve doação, dedicação e até mesmo sacrifício.

Aprendi a “dançar” conforme a música, a degustar um prato maravilhoso ou transformar o mais simples em especial.

Aprendi a ter uma força de guerreira, de não ter medo da vida e enfrentar toda e qualquer batalha. Aprendi a nunca dizer “não consigo” sem tentar. Aprendi que as conquistas vêm de grandes esforços e que não há nada a temer em mergulhar de cabeça naquilo que acreditamos.

Aprendi que não seguir nossos valores e princípios é uma enorme traição à nós mesmos.

Aprendi que sou capaz de bancar o que proponho e cumprir com as minhas palavras.

Aprendi a amar e ser amada, cuidar e seu cuidada. Aprendi a ser carinhosa e “molinha” mas ser firme quando necessário.

Aprendi que devemos sempre acreditar nos nossos sonhos e lutar por eles.

Aprendi que, mesmo tendo o mesmo nome, somos diferentes mas ao mesmo tempo somos muito iguais.

Aprendi que estar, prezar e respeitar quem amamos não tem preço e é aí que reside a felicidade de viver.

Obrigada mãe por tudo que me mostrou e me ensinou!

Te amo e te admiro imensamente!

Feliz dia das mães!”

Foi-se o tempo de “Eu quero a minha Caloi!”

Hoje em dia os pedidos das crianças muitas vezes mostram aos pais (e ao Papai Noel) como o mundo tem caminhado rápido.

Meu filho de 7 anos me entregou um bilhete e pediu que repassasse para o Papai Noel. Ele havia comentado que queria um cartão de crédito como presente de Natal. Se tiver com milhas, melhor ainda. Convencido de que não seria possível, escolheu outras coisas (que certamente compraria com o cartão).

Ao me entregar esclareceu alguns pontos: “Mãe, você pode fotografar com iPhone e mandar por e-mail. Ele deve ter também um canal no YouTube, você pode comentar no último video dele e escrever o que eu quero. Só estou preocupado com uma coisa. No bilhete desenhei ele meio gordinho? Será que ele vai ficar chateado?” .

Para o Papai Noel

Primeiro fiquei olhando pra ele pensando que ele tem um canal de comunicação bem mais moderno que eu com o Papai Noel. Depois fiquei intrigada com a preocupação dele. Acho que o bom velhinho nunca se incomodou em ser gordinho, mas agora… vai que pensa que é Bullying! Ninguém quer chateá-lo. Se bem que, nos dias de hoje, com a ditadura da magreza, talvez ele até queira fazer uma dessas dietas malucas. Sem cookies e panetone para ele esse ano!

Preocupada em fazer a minha parte, quis esclarecer o que eram aqueles pedidos para o Papai Noel. Não saberia explicar pra ele. Na minha hora de almoço, entre uma consulta e outra, vejo que meu filho está on-line no Skype. Ligo e ele atende feliz da vida. Pergunto o que são aqueles nomes e ele explica com calma: “Personagens do jogo Skylander, mas são os Giants”. Ok, continuo não entendendo bem mas com informações suficientes para procurar no Google (o Papai Noel também deve usá-lo muito nos dias de hoje).

Vendo minha expressão de interrogação, ele diz: “Fique conectada mãe, que vou colocar no site deles e compartilho a tela!”. Feito! Estou expert em Skylander!

Enquanto estávamos no Skype, meu filho de 11 anos, que estava ao lado avisa: “Chegou um e-mail do Papai Noel!”.  Através do Skype acompanhei o exato momento em que abriram o link do video enviado pelo Papai Noel com uma linda mensagem (e com uma ‘ajudinha’ da mamãe que madrugou pra providenciar as informações necessárias. Ah! Esse fuso do Pólo Norte acaba comigo!).

Pela tela do computador vi de camarote a reação dos filhos ao ver o video. Impagável! Não substitui um beijo e um abraço apertado claro, mas pude acompanhar em tempo real a chegada do e-mail do Papai Noel.

A complexidade do pedido e as facilidades da modernidade.

Agora falta o Papai Noel colocar rodinhas nos pés para ir atrás do pedido. Mas tudo bem, já ele está mesmo querendo perder uns quilinhos! Já eu… só relaxar… ou será que devo ajudar o bom velhinho?

Feliz Natal a todos! Muito amor e abraços aos que estão perto e muito Skype e carinho com os que estão longe.

 

Hoje, 05 de dezembro, é aniversário de Walt Disney.

Como todo ser humano, não foi perfeito, mas acredito que sua contribuição seja inegável. Não me refiro aos parques apenas, mas ao valor e brilho que deu ao universo infantil.

Admiro demais o legado que ele deixou e aproveito seu aniversário para compartilhar um dos meus videos preferidos, um atributo a Walt Disney.

Sempre que vejo me emociono com as palavras, as imagens e a música.

Quem já viu, vale a pena rever e quem não viu… boa viagem!

Uma entrevista com Natércia Tiba por Cláudia Tenório no Programa Vida Melhor, na Rede Vida de Televisão.

O tema: “Como extrair o melhor dos nossos filhos”.

Programa Tribuna Independente, na Rede Vida de Televisão. Entrevista com Natércia Tiba em 17/09/2012

Quarta-feira é dia do meu rodízio. Saio de casa muito cedo. Meu caçula (7 anos) costuma acordar mais cedo nesses dias para se despedir. Hoje ele me presenteou com uma de suas pérolas.

Ao me ver sair por volta das 6:30 da manhã, meu caçula me pergunta:

– “Você vai assim cedo por causa do rodízio né?! Você não tem paciente assim cedo, tem?”

Eu: – “Tenho sim, a partir das 7:30.”.

Meu filho me pergunta então com um ar de curiosidade e indignação:

– “Mas tem gente que tem problema assim tão cedo?”

Me deliciei com esse comentário até chegar no consultório. Ao mesmo tempo pensei no desafio (que adiei para o meu retorno pós-trabalho) de explicar para ele que a psicoterapia é um processo e não um “pronto-socorro de problemas”. Para que ele entenda, precisa ainda compreender muitos outros aspectos, como pensar a longo prazo, saber esperar, lidar com a angústia e ansiedade de resolver tudo na hora, superar o imediatismo da primeira infância.

Adoro desafios e vou encarar esse com o maior prazer. De qualquer forma fiquei intrigada com o fato de que, mesmo que nós adultos sejamos também cada vez mais imediatistas, muitas vezes nos esquecemos que esperar e pensar em termos de “processo” e não soluções pontuais é algo aprendido.

Quantas vezes ficamos irritados ou mesmo bravos quando nossos filhos perguntam ou pedem 50 vezes a mesma coisa porque querem uma resposta na hora?

As crianças nascem imediatistas, não sabem esperar. Vivem o que chamamos na psicologia de “processo primário”: se não tiver minha necessidade ou desejo satisfeito na hora, acho que vou morrer!”. Essa seria a legenda para a maioria dos choros de bebê e birras de criança. A birra é a tentativa de manter o imediatismo e as vontades satisfeitas.

Somos nós, adultos maduros e responsáveis, que ensinaremos a eles que é possível esperar, que podemos fazer um pouco por vez. Conforme as crianças vão crescendo e desenvolvendo mais capacidades cognitivas, vão aprendendo a pensar no depois e a planejar (sem aquela ansiedade que enlouquece os adultos: “É hoje? É hoje? É hoje?” ou “Tá chegando? Tá chegando? Tá chegando?”).

A capacidade de esperar requer um certo desenvolvimento cognitivo mas é uma aprendizado emocional. Muitas vezes esse aprendizado não acontece naturalmente. Para que aprendam precisarão ser frustradas, terão que esperar e  ver que sobrevivem.

Dizer NÃO para a criança é fundamental para que avance em suas capacidades e recursos, para que se desenvolva de forma saudável.

Vale lembrar que mais contam nossas atitudes do que o discurso. Não podemos ensinar aos nossos filhos a esperar, planejar, cultivar bem para depois colher se não conseguimos fazer isso em nosso dia-a-dia.

O quanto somos capazes de esperar?

Pouco, acredito eu. Mas se pensarmos que isso terá um grande peso para a educação e para o desenvolvimento dos nossos filhos, quem sabe possamos aprender também, não é mesmo? Antes tarde do que nunca…

É esperar pra ver que resultado teremos!

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Dias atrás vi esse lindo quadrinho. Fiquei encantada. De uma maneira simples foi colocado uma questão tão importante mas que nem sempre estamos atentos: o egocentrismo infantil.

Por que é importante estar atento a isso?

O egocentrismo infantil vai além da brincadeira que costumamos fazer: “para o meu filho é assim: o que é meu é meu e o que é seu também é meu!”. Ele  é uma forma de olhar para a realidade e interpretá-la e predomina na 1a infância.

Meses atrás, ao enfrentar um sério problema de saúde na família, estive cabisbaixa, triste e preocupada. Meu caçula (recém 7 anos) comentou: “Mamãe, eu sei que você está triste porque está preocupada com várias coisas, mas quando eu vejo você assim fico com uma sensação aqui no coração de que é por minha causa.”

Fiquei muito tocada e mais do que preocupada, fiquei aliviada por ele ter dito o que sentia. Foi uma oportunidade para conversarmos e para que eu pudesse ajudá-lo a amadurecer e passar para outra fase de desenvolvimento.

Em relação a essa questão, há 2 pontos importantes:

1) Não podemos subestimar a percepção que a criança tem da realidade. Se estamos tristes, estressados ou irritados, de alguma forma ela percebe. É fundamental que possamos validar sua percepção;

2) Sabendo da forma como a criança interpreta a realidade, por mais que para nós (pais e educadores) pareça óbvio que nosso sentimento nada tenha a ver com ela, PRECISAMOS fazer este esclarecimento. Não temos que entrar em detalhes do que está acontecendo, mas mostrar que ela não é a razão de estarmos daquela forma.

Principalmente em situações de crise em uma família, não podemos deixar de lado estas questões. Esclarecer que a separação não foi causada pela criança, que o falecimento de um ente querido não aconteceu porque ela sentiu raiva um dia, que a mamãe chorou porque ficou triste com uma situação externa são muito importantes para que a criança amadureça e entenda o lugar que ocupa na família e na realidade. Perceber que ela não tem esse poder pode ter um pequeno sentimento de frustração, mas ao mesmo tempo gera um grande alivio.

Assim como na história em quadrinhos acima, Lucy se decepciona ao perceber que não é o centro do universo,  ela ganha muita liberdade ao se dar conta que não tem todos esses olhares pra ela e nem toda essa responsabilidade.

Se você tem filhos ou trabalha com crianças, pense nisso. Como você pode ajudar a criança em seu desenvolvimento no que se refere ao egocentrismo e à percepção da realidade.

Mas cuidado para também não se vigiar a ponto de se tornar egocêntrico! Rsrsrs!

Abraços

Natércia